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Computação em nuvem na prática: como escolher entre aws, azure e google cloud para projetos web e aplicações escaláveis

Computação em nuvem na prática: como escolher entre aws, azure e google cloud para projetos web e aplicações escaláveis

Computação em nuvem na prática: como escolher entre aws, azure e google cloud para projetos web e aplicações escaláveis

Se você desenvolve sites, APIs ou aplicações SaaS, mais cedo ou mais tarde esbarra na mesma pergunta: onde hospedar isso tudo de forma escalável e sem virar refém do servidor? Hoje, as três grandes opções globais são AWS, Azure e Google Cloud. Todas prometem alta disponibilidade, segurança e escalabilidade. Mas, na prática, qual escolher para o seu próximo projeto web?

Neste artigo vamos sair do discurso genérico e entrar no que realmente importa para quem desenvolve e empreende online: preço, curva de aprendizado, ecossistema, suporte, integrações e, principalmente, cenários reais de uso. A ideia é que, ao final da leitura, você tenha um critério claro para decidir entre AWS, Azure e Google Cloud para o seu projeto específico.

Por que pensar em computação em nuvem desde o início do projeto

Antes de comparar provedores, vale entender por que escolher bem a nuvem desde o começo evita dor de cabeça mais pra frente.

Quando você começa um projeto em um VPS baratinho ou num hosting compartilhado, tudo parece ótimo. Mas, à medida que o tráfego cresce, surgem problemas bem conhecidos:

A computação em nuvem entra justamente para resolver (ou pelo menos minimizar) isso, oferecendo:

O ponto é: a nuvem não é só “onde hospedar”, mas sim como estruturar seu projeto desde o início para crescer sem refatorar tudo depois.

Visão rápida: o perfil de cada provedor

Vamos começar com um resumo sem firula do posicionamento de cada uma para projetos web e apps escaláveis.

AWS: o padrão de mercado para desenvolvedores

A AWS ainda é a referência global em computação em nuvem, principalmente entre times de desenvolvimento.

Pontos fortes:

Pontos fracos (principalmente para quem está começando):

No meu caso, em projetos que exigiam escalabilidade bem agressiva (como APIs de alto tráfego e sites com picos de acessos em lançamentos), a AWS foi a solução mais robusta. Mas exige disciplina em monitorar custo e organizar recursos.

Azure: forte integração com mundo corporativo e Microsoft

O Azure brilha especialmente quando o ambiente já é Microsoft (Windows Server, .NET, Active Directory, Office, etc.).

Pontos fortes:

Pontos fracos:

Quando o cliente já tem toda a infraestrutura em Microsoft, logins integrados e equipe com experiência em Azure, a conta fecha rápido. Para um dev solo com stack majoritariamente open-source, geralmente dá para simplificar indo de AWS ou Google Cloud.

Google Cloud: simples, forte em dados e muito amigo de desenvolvedores web

O Google Cloud ganhou força entre devs web e startups por alguns motivos bem práticos.

Pontos fortes:

Pontos fracos:

Na prática, para aplicações web modernas, APIs REST/GraphQL, apps mobile com backend simples a moderado, o Google Cloud é muitas vezes a opção mais objetiva para tirar do papel rápido.

Critérios práticos para escolher: o que pesa de verdade

Agora vamos para o que realmente muda a vida no dia a dia. Quando estou decidindo onde subir um projeto, olho principalmente para estes critérios:

1. Stack tecnológica que você (e seu time) já domina

Isso é mais importante do que parece. Duas perguntas-chave:

Regra prática:

2. Tempo até ir para produção

Se você precisa colocar algo no ar rápido (landing page com backend, MVP de SaaS, API simples), a quantidade de decisões que você precisa tomar importa muito.

Em vários projetos menores que lancei com prazo apertado, a combinação Google Cloud + Cloud Run ou AWS + Elastic Beanstalk resolveu 80% da arquitetura sem eu ter que configurar VPC, subnet, autoscaling manualmente, etc.

Regra prática:

3. Modelo de cobrança e previsibilidade de custo

Todo mundo fala de “pagar só pelo que usa”. O problema é quando você não sabe medir o quanto vai usar. Então, em vez de olhar preço por GB ou por request isoladamente, pense assim:

Por exemplo, no Google Cloud e na AWS, serviços serverless (Cloud Run, Lambda, Functions) podem ficar quase de graça em projetos que recebem pouco tráfego e só escalam quando necessário.

Já se você tem tráfego constante e alto, às vezes uma instância “fixa” bem configurada sai mais barata do que mil funções serverless sendo chamadas o tempo todo.

4. Serviços gerenciados que você vai realmente usar

Não escolha provedor por serviços que “talvez um dia” você use. Foque no core do seu projeto.

Os três provedores oferecem tudo isso. Então a questão vira:

5. Ecossistema, comunidade e suporte

Quando algo quebra às 23h de uma sexta-feira, tutoriais e tópicos no Stack Overflow valem ouro.

Minha recomendação: pesquise no Google algo como “seu framework + provedor + serviço” (ex.: “Laravel deploy AWS Elastic Beanstalk”, “Node.js Cloud Run Google Cloud”). Veja com qual combinação você encontra mais conteúdo direto ao ponto.

Cenários reais: qual nuvem faz mais sentido em cada caso

Agora vamos colocar isso em projetos típicos que vejo no dia a dia.

Cenário 1: Landing pages e sites institucionais com formulário e painel simples

Objetivo: rápido de lançar, fácil de manter, custo baixo.

Se você está sozinho ou em time pequeno, costumo indicar Google Cloud ou AWS, dependendo de com qual você já tem mais familiaridade.

Cenário 2: API para aplicação mobile com picos de tráfego

Objetivo: escalar bem em horários de pico, manter latência baixa e ter ambiente seguro.

Para APIs de alto tráfego que acompanhei, acabei usando mais AWS e Google Cloud, principalmente pelo equilíbrio entre flexibilidade e custo.

Cenário 3: Sistema interno de empresa já cliente Microsoft

Objetivo: integração com Active Directory, Single Sign-On, Office 365, etc.

Em clientes corporativos, forçar AWS ou Google Cloud quando o resto da empresa é 100% Microsoft geralmente gera mais atrito do que ganho.

Cenário 4: Produto SaaS com foco em dados, relatórios e BI

Objetivo: processar volume de dados crescente, gerar relatórios rápidos e integrar com ferramentas de BI.

Se o foco é análise de dados e você não está preso a stack Microsoft, Google Cloud costuma oferecer um caminho mais direto.

Como testar na prática sem se enrolar (plano de 7 dias)

Em vez de tentar “decidir na teoria”, recomendo um teste rápido, mas estruturado, com prazo curto.

Plano sugerido:

Esse tipo de teste vale muito mais do que uma comparação teórica de páginas de pricing e fichas técnicas.

Checklist rápida para decidir entre AWS, Azure e Google Cloud

Use essa lista como filtro final. Responda de forma honesta, pensando no seu projeto atual.

Se a maioria das respostas for “sim”, Azure provavelmente é a melhor escolha.

Se a maioria das respostas for “sim”, AWS tende a ser o melhor caminho.

Se a maioria das respostas for “sim”, Google Cloud é um candidato muito forte.

Próximos passos recomendados

Para transformar esse artigo em ação concreta, sugiro o seguinte plano:

No fim das contas, mais importante do que ter a “nuvem perfeita” é ter uma nuvem que você domina o suficiente para lançar, escalar e manter seus projetos vivos sem virar refém da infraestrutura. Se você tratar a escolha como uma decisão estratégica guiada por testes pequenos e rápidos, em pouco tempo vai ter seu próprio “playbook” de AWS, Azure e Google Cloud baseado na sua realidade – e não só na opinião dos outros.

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